
Na terceira e última matéria sobre a situação da rede municipal de Saúde de São Leopoldo, o secretário Fábio Bernardo da Silva, trata das mudanças possíveis na questão financeira para reduzir os custos, sem prejudicar a prestação dos serviços para a comunidade e as condições de trabalho para os servidores.
"Não podemos ficar dizendo que o problema é de um, de outro. Nesse momento o problema é nosso. Estamos fazendo o que entendemos possível", diz Fábio.
Dívida com prestadores
"A dívida é altíssima. Chamamos todos os prestadores para negociar e parcelar. Algumas dívidas são de 2014. O aluguel do Centro de Saúde Capilé, de R$ 29.700/mês está atrasado desde outubro de 2015. Nossa proposta foi parcelar a dívida e pagar em dia o ano de 2017. Estamos negociando."
Medicina por Imagem - Sidi
"Com o Sidi a dívida é de R$ 1, 5 milhão. Parte das dívidas passadas não tem como colocar na regulação. O pagamento precisa ser com recurso livre, o que é escasso. Parcelamos em 36 vezes. Assim em maio pagaremos uma das 36 parcelas e o mês de janeiro. Seguiremos esse sistema mensal. Os prestadores estão aceitando porque o que eles querem é saber quando irão receber. O mais difícil são as situações sem empenho. Algumas coisas terão que passar pela Câmara porque tratam de dotação orçamentária. Isso demanda tempo para resolver."
Revisão de contratos - menos R$ 4 milhões na UPA
"A revisão de contratos já garantiu R$ 4 milhões a menos de custo na UPA. O custo mensal que era R$ 1.075,811 passou para R$ 751/mês. E tem pediatra 24 horas. Passamos dois dias sem pediatra. Hoje a UPA parece uma escola de Educação Infantil porque tem pediatra 24 horas."
Menos R$ 1 milhão na higienização
"Constatamos gente demais para a higienização na rede municipal. Nas unidades básicas, que funcionam das 8 às 17 horas, eram três pessoas para a higienização. Reduzimos para uma pessoa sem prejuízo para o setor. Por outro lado, nos Centros de Saúde da Feitoria e da Campina fica evidente a necessidade de mais pessoas e isso foi mantido. Aqui no quarto andar, por exemplo, eram quatro trabalhadores pela empresa terceirizada e mais servidores do quadro. E o excesso de pessoas não é responsabilidade da empresa terceirizada, pelo contrário. A empresa apenas contratava de acordo com o pedido da Prefeitura. Reduzimos 25% do pessoal e o serviço está mantido como antes. Para a empresa, isso surpreendeu. Na nossa avaliação, muitos profissionais eram contratados atendendo pedidos."
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